Friday, December 16, 2011

Toca Rauuul 3

Em primeiro lugar, desculpa pela configuração toda errada do blog - o blogspot está com algum problema que eu não consigo mais ajustar nada, só consigo escrever e carregar fotos.

Depois de uma vasta pesquisa da Cacá (minha irmã, mentora e também figurinista - que entrou antes no projeto) sobre as (muitas) fases de Raul Seixas. O elenco principal do clipe (fotos) é o pessoal do bloco Toca Rauuul, a gente tentou deixar eles mais inesquecíveis, de acordo com alguns personagens: o velho de Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás, o Carimbador Maluco e alguns mais rock'n'roll, disco ou hippies. Nos preparamos em muitos acervos de amigos para vestir essa galera e a figuração, estava todo mundo num clima anos 70 ou Carnaval (ou os dois juntos!) e as perucas, óculos, bigodes e barbas caracterizando como Raul Seixas. O clima das gravações foi o máximo, super festa, amigos e muita diversão. Agora, com o clipe pronto, estamos esperando a contribuição da galera para que o bloco possa sair nas ruas alegrando o Carnaval 2012. O endereço do site de contribuição está no fim do post, depois do video.

TOCA RAUUUL












http://www.embolacha.com.br/projeto/170-bloco-toca-rauuul/


#Maluco Beleza - Toca Rauuul

Sunday, December 11, 2011

O Patinho Feio na rua de trás

A gente não é nem pato, nem gato, nem cobra, não... a gente é mesmo pássaro ou flor

Quem nunca ouviu esse verso quando era criança? Eu mesma não me lembro de assistir a peça, mas tinha a fita (fita cassete, adoro!) - minha irmã foi uma patinha numa montagem no comecinho dos anos 1990, mas eu era muito pequena e acho que não assisti. Hoje foi o último dia da temporada deles no Shopping da Gávea, que ficou uns bons 5 meses em cartaz. Direção do Bernardo Jablonski com a Fabiana Valor (que fazia também a Mãe Pata) e vários rostos conhecidos do Tablado. Só tenho uma coisa a dizer para todos: parabéns. A expressão corporal dos atores estava ótima, podem todos nascer bichos na próxima encarnação! Especialmente Zé Helou, que fez um galo genial. Palmas específicas também para George Sauma, o próprio Patinho.

O figurino foi muito bem pensado e a solução para representar os animais ficou maravilhosa! Os patos com mangas que caiam fazendo um movimento bonito, o gato chiquérrimo num estilo meiodandy, o galo e a galinha com uma caracterização bem na medida: nem humano e nem bicho demais, e "last but not least" os cisnes, com uma roupa que parecia veludo, um cinza brilhante espetacular. Cenário e iluminação acompanham o sucesso do figurino, assim como direção e atuação. Que bom que eu fui... pena que não posso recomendar, foi o último dia da temporada.


Elenco reunido.

Comadre Pata, Rainha Pata-avó, Mãe-Pata e o Patinho Feio.
Pati, Peti, Piti, Poti e Adelaide! E eu!

Outra boa surpresa de hoje foi a peça Baseado na Rua de Trás, primeira montagem da Outra Cia. de Teatro. Surpresa porque eu caí de paraquedas ali, não sabia de nada - a não ser a participação da Carolina Ferman, que conheci na PUC e nem sabia que é atriz. Boa porque, vamos lá: direção, iluminação e soluções cenográficas excelentes; bom (e original) texto; ótimas atuações, to tentando reviver a peça até agora e lembrar das mudanças repentinas de humor que os personagens passam e como isso foi bem representado. A dica foi de um amigo que insistiu muito para eu ir e fico feliz de poder indicar: essa temporada vai até dia 19/12 (segunda-feira que vem, a peça é de sábado a segunda) no Glaucio Gil (ao lado da Estação de Metrô Arcoverde, em Copa) às 21:00 e é R$20,00 (meia 10,00).




#Nosso Sonho - Claudinho e Buchecha (porque minha infância foi nos anos 90 e eu não tenho vergonha disso)

Sunday, December 4, 2011

Último Azul

A vida é frágil.
O vidro é frágil.
Ao entrar nessa sala, cuidado.
Alguém apertou o pause...


A artista plástica Daisy Xavier brincou com as forças - e com a física - nesse trabalho, intitulado O Último Azul, com suas esculturas de móveis antigos desconstruídos e objetos de vidro azul, num equilíbrio tão perfeito que dá medo. É muito bonito de ver, os móveis e os vidros são estéticamente agradáveis, mas confesso que prendi a respiração em alguns momentos.


A exposição fica até 5 de fevereiro no MAM do Rio de Janeiro.
Fica a dica.


#Girlfriend - Phoenix

Friday, December 2, 2011

Cisne Negro

Acho impressionante como pequenas coisas podem mudar nosso olhar. Vamos deixar de lado um instante o que Natalie Portman fez por Nina e pensar só na diferença de caracterização. Começando pelo óbvio, o cisne bom é Branco e o mau é Negro. No começo as diferenças são sutis: me lembro que quando ela começa a enlouquecer tem uma cena em que Nina passa por ela mesma no metrô. Ela-boa, está saindo do ensaio, voltando para casa, e no metrô passa por... ela-má, que anda na direção oposta. A boa está com suas roupas mais claras e leves, o cabelo bem puxado num coque, aquela coisa de bailarina impecável; a má está de sobretudo preto, maquiagem pesada nos olhos e cabelo solto. Só o contraste do cabelo já faz toda a diferença entre a pessoa mais rígida (e frígida) que é a bailarina perfeccionista com a mulher livre e sem responsabilidades que é a bailarina perfeita.

É bem legal também essa distinção que o diretor (Vincent Cassel, esplêndido) faz. Ele fala para Nina parar de se preocupar com a perfeição e viver, e só assim ela consegue realmente alcançar o que ela queria *spoiler* mas tudo tem um preço, e o dela é a loucura. Quem assistiu pensando que ia ver um drama de ballet se decepcionou. Quem assistiu pensando que ia ver um filme de terror se decepcionou. O filme é um maravilhoso thriller psicológico, que trata dos conflitos pessoais que aquela menina - que calhou de ser uma bailarina pela história, mas poderia ser qualquer outra coisa - passa e a constante busca pela perfeição, que só pode levar a uma vida infeliz e surtada.

Me lembro de ler um artigo sobre o filme em março, logo depois do Carnaval, que analisava justamente porque a personagem má fez tanto sucesso nos blocos. Apesar de a resposta me parecer óbvia, é uma coisa bastante interessante de se pensar. O Carnaval é um momento em que nos permitimos ser uma pessoa diferente do resto do ano, saimos da rotina, nos vestimos e comportamos de outra forma. Nada mais natural, então, que a personagem que vive - o Cisne Negro - e não tem responsabilidades ser quem todo mundo quer ser. Eu mesma me fantasiei de Cisne Negro e era só o que se via - assim como eu acho que ano que vem será da Amy, outra musa "transgressora" da atualidade. Enfim, acho bastante plausível o Cisne Negro fazer mais sucessos numa situação como o Carnaval do que o Cisne Branco, que é inocente, fofo, bonzinho.

Nina
Cisne Branco
Loucura
Transformação
Cisne Negro


#Swan Lake Op. 20, Act I N - Montreal Symphony Orchestra, Charles Dutoit