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Sunday, October 16, 2011

A hora e a vez

Hoje volto um pouco ao tema. O primeiro figurino que me chamou a atenção nesse Festival é de Beth Filipecki. Na verdade, enquanto filme, eu esperava mais de A hora e a vez de Augusto Matraga porque tem João Miguel e José Wilker, isso já devia bastar. Acho que esses dois são tão "monstros" que minhas expectativas ficaram lá em cima... É um clima bem sertão com jagunços, coronéis e esses heróis estilo velho-oeste que são solitários e cheios de inimigos, mas enfrentam um bando todo sozinhos. Esse é João Miguel, ou Augusto Estêves. A imagem eterna que tenho do José Wilker é o coronel, austero, de branco; não deu outra, o visual de Joãozinho Bem-Bem é exatamente isso (o personagem é uma espécie de justiceiro por linhas bastante tortuosas).

Não consegui fotos dessa refilmagem, o tio Google só me mostra fotos do primeiro filme, lá dos anos 1960... Mas é o seguinte: algodões bem rústicos, um branco sujo meio off-white, rendas para as mulheres. Alguns terras marrons, ocres, cinzas e azuis-marinho sofridos com o tempo. Augusto, enquanto homem forte e valente, usa o clássico branco-coronel mais puxado pro envelhecido, amarelado. Depois de levar uma coça e quase morrer, passa anos sendo cuidado por um casal que o achou no meio do mato. A maquiagem (prefiro o termo caracterização) do João inchado, cheio de cortes, ensanguentado é de um realismo incrível. E o interessante é que, depois de sobreviver e virar um homem religioso, ele começa a usar roupas escuras. Calça enrolada no tornozelo, tipo pescador. Uma roupa toda mais despojada.

As lendas
Além de Wilker, o filme traz outra lenda-viva: Chico Anysio. Um coronel que manda numa enorme turma de jagunços e arquiteta emboscadas e assassinatos sem sujar uma unha. Acompanha tudo do conforto do seu lar, nem até a varanda ele vai. Seu figurino é muito forte, bem contrastado no preto e branco. Mas preto e branco limpos, não os tons "vividos" que o povo usa. E Joãozinho, já disse ali em cima, essa coisa bem coronel (apesar do personagem ser uma espécie de cangaceiro chique) de branco-limpo também, com aquela postura de José Wilker, o invencível. Um lorde (meio Timóteo Cabral, de Cordel Encantado).

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Hoje vi também o documentário Os Últimos Cangaceiros e achei interessante e digno de comentar que o figurino deles enquanto cangaceiros não era o que costumamos ver, em tons de terra (como o bando de Herculano em Cordel, com marrons, beges, ocres e brancos-sujos). Imagino que a reconstituição tenha sido bastante fiel, porque Durvalina e Moreno fizeram parte do bando de Lampeão. As roupas que usavam no filme era de um azul fortíssimo, quase turquesa, e faixas vermelhas. Muito lúdico, muito lindo.


#Mágica - Os Mutantes

Saturday, October 15, 2011

O sublime e o abismo (prateado)

Ontem cheguei em casa 00:45 depois de um dia inteiro exaustivo na rua, tendo começado às 5:30. Obviamente não tive forças pra postar nada, mas tinha um texto em mente - sim, é sobre o Festival e sim, ainda não estou voltando meu foco pro figurino ainda. Mas então, a ideia era falar sobre o necessário Sudoeste e o insosso O Abismo Prateado. Acontece que hoje eu tinha um dia lindamente planejado, começando com um workshop de figurino, A hora e a vez de Augusto Matraga e depois o Cine Encontro (debate) sobre o filme. Claro, estava contando com qualquer coisa de comer ali do bar do Armazém, já não tem nada por perto*.

Vou primeiro, então, contar minha profunda decepção com a organização do Festival e depois volto aos filmes. O nome workshop dá aquela ideia bacana de que a gente criar alguma coisa né? Nem que fosse decupar um roteiro só... mas não, foi uma palestra. Uma palestra muito cara. Desinteressante não foi, mas definitivamente não valeu o preço. Tudo isso porquê? Um certificado de 4 horas para eu entregar na faculdade. Obrigada, hein - isso porque no ano passado eu trabalhei de fotógrafa voluntária pelo menos umas 40 horas e o certificado que me deram foi de 20 horas.

O Pavilhão desse ano, além de ser pior de chegar (é perto, mas ano passado a rua da esquina tinha muito mais opção de ônibus) é menor. O banheiro é químico. O som escapa das salas, então as palestras e debates são invadidos pelo som dos filmes, é horrível. Hoje, depois da decepção do "workshop" eu pensei que almoçaria no bar que eles montaram ali dentro e seguiria o dia normal, com filme + debate. Não, justo num sábado - dia que a maioria das pessoas pode fazer programas de lazer, tipo ir até a zona portuária assistir um filme e um debate - resolveram fazer a feijoada restrita para convidados. Lá no Pavilhão, ó que lindo! E sem aviso nenhum, que é um absurdo, o lugar hoje não tinha bar. Não tinha comida para os reles mortais que resolveram usar seu sábado para fazer um programa cultural.


Fecha os olhos.
Agora escuta o som da chuva.

Enfim, passada minha raiva, vamos aos filmes. Nunca tinha ouvido falar nesse diretor, vale ficar de ouvidos (e olhos) atentos, que ele promete: Eduardo Nunes. Sudoeste é diferente de tudo que tem sido produzido ultimamente no Brasil e no mundo - ok, por aqui eu tenho certeza que não há nada parecido; no mundo eu to generalizando legal, mas quero dizer do que eu fico sabendo. Uma fotografia abusada de linda, em preto e branco com alta granulação. É um filme de detalhes: muitos planos fechados, expressões, texturas, tons de cinza. Trilha sonora original incrível que ajuda a compor essa fábula. É uma verdadeira e sublime obra-prima. A história, realmente, dá um nó na gente.

O filme se passa em um dia, 24 horas. Para a personagem principal, esse dia significa uma vida inteira - literalmente, ela começa o filme bebê e termina uma senhora e morre. Para todo o resto, é exatamente um dia mesmo, como outro qualquer. Na verdade, Clarice começa o filme morrendo, de madrugada. Pela manhã (no seu tempo todo particular) ela nasce. Chegando a tarde ela tem uns 10 anos, na pele da lindinha Raquel Bonfante. Mais para o fim da tarde, se transforma na Simone Spoladore. Ela morre na madrugada na pele de Regina Bastos. As duas personagens se chamam Clarice: a que morre e a que nasce.

É um filme que faz a gente pensar. A vida que ela vive nesse dia é mais ou menos a mesma vida da que morreu. Ela reconhece na família da Clarice morta, sua própria família. Mas não é reconhecida por eles, a única semelhança que a família vê nas Clarices é o nome. E eu saí do filme com a questão: são mesmo duas Clarices ou é uma só? Porque que ninguém reconhece? Cada frame desse filme é de chorar. Deveria ser lançado um livro daqueles bem grandes e caros de fotografia só com imagens extraídas do longa. O maior dificultador de público é o tempo da história. É extremamente lento - o que, pra mim, está longe de ser defeito nesse caso.


Inspirado na música Olhos nos olhos, de Chico Buarque.
Uma pena que uma música tão boa rendeu um filme tão chato.

Outro filme lento é O Abismo Prateado, mas nesse caso o tempo vai contra a história. Umas cenas desnecessárias que não contribuem para a história, outras extremamente chatas... a sinopse é uma mulher que é abandonada pelo marido que - quase melhor que o post-it da Carrie, em Sex and the City - faz isso por um recado no celular. Confesso que dormi metade do filme. No começo, cenas mal enquadradas, apertadas demais. O marido sai do banho, fica na varanda e depois fica um tempo com a geladeira aberta para escolher o que quer, nu. Um nu completamente dispensável para o filme (diferente das intermináveis cenas de Eu receberia... por exemplo). E a mulher é dentista, outro fato irrelevante, e tem cenas com bocas sangrando e aquele barulho insuportável de motor de dentista. Tremi de nervoso na cadeira.


#Seven nation army - The White Stripes

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* Quero ver essa revitalização da Zona Portuária BOMBANDO hein... poxa, vários eventos já são sediados por ali, o público (e os moradores do Rio de Janeiro em geral) merece uma área mais apresentável no Cais.

Wednesday, October 12, 2011

Eu receberia...

Já começo dizendo que eu não esqueci que a minha proposta para esse blog é comentar figurinos, mas é que o Festival acontece só uma vez por ano e eu quero dar ênfase a esse evento que merece todas as atenções durante essas duas semanas que enchem os cinemas do Rio de vida. E, não lembro se já disse aqui, durante o Festival eu priorizo os filmes nacionais, até porque a maioria não entra em cartaz depois ou demora muito. Esse ano tá fraco pra mim... o primeiro filme que vi foi hoje (o Festival começou dia 6).

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios. Um filme de Beto Brant baseado no livro homônimo de Marçal Aquino. Lavínia, Ernani e Cauby. Três personagens num triângulo amoroso cada cena mais complicado e difícil de resolver. Um final que eu não vou comentar na tentativa de deixar uma pulguinha atrás da orelha dos leitores, espero que todos vejam esse filme maravilhoso o quanto antes; Ainda tem mais 4 sessões no Festival e estréia em circuito só em março.

A trama acontece em Santarém, no Pará, que pelos takes dá pra sentir que é um verdadeiro Paraíso na Terra - e, segundo Beto Brant, não tem mosquitos no fim da tarde. Durante o filme mesmo me impressionou a atuação, especialmente da Camila (Lavínia). Gero Camilo, mais uma vez inesquecível. Gustavo Machado em alguns momentos me lembrou seu Félix de O Amor segundo B. Schianberg (também de Brant). Não tenho palavras para o pastor de Zecarlos Machado, impressionante. Claramente todos se entregaram de corpo e alma a esses personagens e o resultado só podia ser bom!

Mas o que eu gostei mais foi o debate. Fui na "sessão popular" do Festival, onde o ingresso é R$2,00 e tem debate sobre o filme com equipe e elenco. Minha primeira impressão era que não tinha uma necessidade daquela história acontecer em Santarém, mas no debate me percebi enganada. E não é só o lugar que é importante para o filme, o filme também é importante para o lugar. A questão abordada, sobre o desmatamento e a briga entre índios e madeireiras é real - sim, na vida todo mundo sabe que isso existe. Mas no filme, no filme mesmo isso é real. Uma cena crucial para o desenrolar da história foi de fato um protesto das aldeias que vivem nas margens do rio, que deu mais ainda um caráter documental - que, eu acho que posso dizer, é bem particular do Beto Brant.

Dois dos oito líderes do movimento contra o desmatamento da Amazônia estavam no debate. Quando eles falaram da despreocupação do governo em relação às tribos e ao ambiente onde habitam me deu um aperto no coração. Uma vontade de ser alguém, de ter poder para fazer algo a respeito. Esse filme, eu acho, pode ser um grande divulgador do movimento, mas não deixo de pensar que a primeira impressão das pessoas - assim como a minha - não vai ser o problema dessas nações indígenas que estão perdendo seu espaço e, sim, a história e o desenrolar do triângulo amoroso. Não vou me estender mais porque eu sei que não tenho muita base para falar da reivindicação deles, não quero falar bobagens. Mas acho importante ressaltar que esse oito líderes estão jurados de morte onde vivem e o governo recusou os pedidos de escolta policial. Não tenho nem palavras para dizer o quão absurdo isso é.

Um breve parágrafo sobre os aspectos técnicos do filme. Começo pelo que mais chama a atenção: a fotografia. Parabéns, Lula, o filme todo é muito lindo - que que é a cena de Lavínia e Cauby no rio??? De resto era tudo muito realista, muito bem feito. Uma tecla que eles martelaram bastante no debate, o clima das gravações foi tão bom, tão familiar, que tudo se encaixava. O figurino realmente não é o carro-chefe do filme, mas é impossível não notar que ficou muito bom, que é realmente aquela gente que vive ali e as roupas dizem isso. Direção de arte a mesma coisa.

Deu uma vontade danada de ler o livro...


#Perdão você - Marisa Monte

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Nossa, tenho uma sensação tão forte de que esse texto ficou confuso... mas não estou em condições de melhorar agora. Seja o que for pra ser.

Monday, October 10, 2011

Festival do Rio 2010

Ano passado trabalhei de fotógrafa voluntária no Pavilhão. Foi uma correria, duas semanas sem tempo direito pra comer, estudar e, claro, dormir - porque quando a gente tem pouco tempo, o que sobra menos SEMPRE é dormir! Foi maravilhoso, assisti palestras ótimas e dei uma olhada nos workshops - coisa que normalmente teria que pagar R$200,00. E ganhei créditos nas fotos (também, se não ganhasse seria trabalho escravo mesmo). Foi maravilhoso... mas não sei se faria de novo. Duas semanas de correria junto com todos os trabalhos de np2. Não dá mais.

Mas, tudo tem seu lado bom, conheci pessoas legais, interessantes e tirei boas fotos. Na falta de algo mais específico - na falta de tempo para escrever sobre algo mais específico - vou postar umas fotos que eu gostei e resolvi salvar.

divulgação do filme Como Esquecer
(Ana Paula Arósio e Murilo Rosa)
francesinha fofa que brincava nas almofadas
dando um tempo entre uma palestra e outra...
Exposição Roman Polanski
Rio Screenings

#Killing cupids - Baleia

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Sabedoria do dia (de ontem) nunca trabalhe de graça. Tonico Pereira disse na palestra que ele nunca trabalhou de graça, nem por um bom personagem: "tenho um monte de filhos, tenho que levar comida prá casa" e espero conseguir ser assim, Tonico. Minha meta de vida 2012, a partir de janeiro é essa! Boa sorte pra mim.

Sunday, October 9, 2011

Turbilhão: primeiro dia de Festival do Rio

Não sei nem por onde começar. As palestras do Festival valeram super a pena, ainda bem que eu fui, mesmo sozinha. O tema das duas mesas de hoje era o sucesso na televisão. Primeiro conversaram Marcelo Tas, Tonico Pereira e André di Biase. Depois o foco estava nos autores: Claudio Paiva, A Grande Família. Tapas e beijos; Thelma Guedes e Duca Rachid, Cordel Encantado!!!; Newton Cannito, Cidade dos Homens; Margareth Boury, Rebelde; Marcílio Moraes, A Lei e o Crime. Ambas mediadas por Marcos Didonet, um dos organizadores do Festival.

A primeira mesa acabou sendo mais cômica, claro, mas consegui extrair boas ideias. Tonico começou sua fala dizendo que é muito difícil diferenciar o sucesso do sucesso. Tem o sucesso que de certa forma é ruim, que é se preocupar somente com os números (um filme de sucesso pode ser um filme genial ou um filme com boa bilheteria) e o sucesso bom, que é o de ser reconhecido no seu trabalho, prestigiado. E ainda mostrou uma humildade ao dizer que "todos nós em algum momento temos a possibilidade de ser artistas, mas isso não é uma constante". Um cara genial que nem ele tem o pé no chão. Alguém da platéia classificou bem: ele é integralmente ator, não se perdeu na fama e, por isso, digo que é um ator de muito sucesso. E, sim, um artista.

Marcelo Tas aproveitou Shakespeare para sua definição de sucesso: é a capacidade que a gente tem de tocar o coração das pessoas, de contaminá-las. Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth... são histórias que mexem com a gente, por isso continuam tão fortes até hoje. O sucesso que faz um ex-BBB é instantâneo, depois de um tempo todo mundo esquece. André di Biase contou a experiência de sucesso estrondoso que teve com Armação Ilimitada nos anos 1980 e define o sucesso como retribuição do esforço artístico.

Não existe mesmo receita para o sucesso. E pior, depois de um grande sucesso, como se libertar dessa obrigatoriedade de fazer uma coisa à altura? Thelma Guedes e Duca Rachid estão atualmente sob esse dilema. Com o fim da maravilhosa Cordel Encantado e pressão do público por uma "versão dois" da novela, as autoras agora têm que se perguntar novamente qual é a história que eu quero contar? e partir para a próxima. É muito importante o autor de novela gostar de novelas e contar uma história que seja de interesse próprio, essa é a base de um bom projeto. Acreditar naquilo o tempo todo.

Tomei coragem e fiz até uma pergunta aberta para a mesa:
Até que ponto o roteirista pode colaborar com figurino e direção de arte? Vocês podem interferir no processo, aprovar ou vetar ou só ficam sabendo o resultado quando já está pronto?
Sempre tive essa impressão, que o diretor acompanha o processo todo, mas o roteirista na minha cabeça aparecia só nessa primeira fase da criação - que, não por isso, eu achava menos importante! Descobri que não, na televisão o autor participa do processo todo, da escolha do elenco ao figurino e direção de arte, sim. As autoras de Cordel disseram que a ideia original para o figurino do Capitão Herculano envolvia um chapéu de cowboy no lugar do tradicional chapéu de cangaceiro e elas bateram pé que queriam o original. E ainda bem, não consigo nem pensar no Domingos Montagner caracterizado de outra forma. Claudio contou que em Tapas e beijos havia imaginado Fátima e Suely mais simples, com um tom abaixo no figurino, mas acabou gostando do resultado. É importante, na construção do personagem, que o autor veja aquilo que imaginou ao criar, o diretor veja o que imaginou ao ler, o figurinista represente a impressão que teve de cada personagem e o ator se sinta bem.

Na resposta de outra pergunta, Margareth fez uma pequena comparação que serviu também para me ajudar a entender como funcionam as coisas nesse(s) universo(s): "A TV é do autor, o teatro é do ator e o cinema é do diretor". É importante, para cada meio de comunicação, investir no profissional mais adequado.

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Na saída atravessei a rua para pegar um ônibus e, como estava sem música, fui acompanhada dos meus pensamentos. Seria legal se eu tivesse esperando um táxi na porta do Armazém e conseguisse uma carona. Seria legal se fosse uma carona com alguém da mesa do debate... Thelma Guedes, Duca Rachid, Claudio Paiva. Nossa, seria muito legal pegar carona com Claudio Paiva, o cara é um gênio! Eis que, 20 minutos esperando o ônibus - na zona portuária, num domingo, ou seja, Cidade Fantasma - resolvi atravessar de volta para pegar um táxi mesmo. E, na maior improbabilidade da vida, quem me oferece carona? Ninguém menos que Claudio Paiva, criador d'A Grande Família e muito mais. Cheguei em casa atônita e incrédula. E ele me reconheceu (a menina que fez a pergunta sobre figurino) e viemos conversando, ele contou casos do trabalho e no final me desejou boa sorte. Ganhei meu dia.

#Dis Lui Non - Françoise Hardy

Festival do Rio

Não acordei muito inspirada, então vou ser bem breve e abrangente. Festival do Rio, essa celebração do cinema na Cidade Maravilhosa, que com certeza é o período do ano que a maioria dos cariocas vai ao cinema - pelo menos para ver filmes que interessam, não os blockbusters e 3d de sempre, que costumam estrear na época do Natal. Em 2009 estipulei um plano de Festival para mim: filmes nacionais. A maior parte da produção de cinema do Brasil, especialmente os independentes ou de produtoras menores (que fogem do circuito Conspiração - Globo Filmes - O2...) tem sua chance de brilhar!

Esse ano já fiz uma lista enorme, agora vou correr atrás. Entre os mais esperados do grande público, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios de Beto Brant, O Palhaço de Selton Mello e Capitães da Areia de Cecília Amado. Aliás, cadê a Revista do Festival que O Globo lança todo ano???

Câmbio desligo.