Friday, November 18, 2011

maison Dona Laura

Para não ficar muito tempo sem novidades, vai uma parte do meu trabalho (ainda incabado) sobre Belle Époque no Brasil. Como eu fiz com o Caramuru, quando tiver terminado e feito minha roupinha de papel, falo melhor sobre o assunto e boto fotos. Escolhi postar a parte sobre como era a indumentária do período por aqui.

Amanhã tem Toca Rauuul, o que significa que................ domingo ou segunda tem post novo com fotos! iei!


Indumentária Belle Époque no Brasil

A principal marca do Belle Époque é a silhueta chamada de S ou ampulheta, por causa do formato que fica o corpo dessa mulher. Essa forma enfatizava os seios e comprimia a cintura, e já eram usadas algumas roupas de duas peças: a saia com ancas traseiras e uma espécie de tailleur. O modelo da época era um pouco mais curto que os vestidos usados nos períodos anteriores - Romantismo e Realismo - pois essa sociedade estava mais urbana. A mulher que anda numa cidade sem pavimentação nas ruas ou saneamento básico não pode ter um vestido que arraste no chão. Pelo mesmo motivo, usavam botas no dia-a-dia para não estragar os bons sapatos com resíduos encontrados no caminho.

Apesar das botas darem um ar masculino, essas mulheres não perderam a femilinidade e usavam babados, rendas, laços e bordados nos vestidos. Também faziam parte desse figurino chapéus muito adornados com flores e plumas e sombrinhas rendadas - afinal, os chapéus protegiam do sol e de enventuais resíduos que poderiam ser jogados dos cortiços e as sombrinhas, quando fechadas, antecipavam o que estava pelo chão. Toda essa indumentária era pensada de modo prático e adornada e utilizada de modo estético.

Durante o século XIX, todas as novidades das artes, moda e arquitetura, chegavam primeiro na capital, o Rio de Janeiro. No começo do século seguinte, com a urbanização da cidade, a recém criada avenida Central servia de palco para um verdadeiro desfile da nova moda. As cariocas eram sinônimo de estilo e elegância para o país inteiro e seu jeito afrancesado de vestir e falar rapidamente foi copiado pelas principais cidades do Brasil. A forma adotada era similar, porém cada região tinha suas especificações. São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, elegeram o preto como cor da moda, fosse dia ou noite; na Bahia e no Maranhão predominava o braco; e em Pernambuco, principalmente em Recife e Olinda, as mulheres gostavam muito das cores fortes, rosa, roxo e vermelho, com muitos bordados.

A Belle Époque significou também uma mudança de costumes no mundo. As mulheres que serviam de exemplo da moda não eram mais as princesas e senhoras da nobreza, agora a vez é das atrizes, cocottes e cantoras. Em Paris, uma das grandes musas foi a dançarina de can-can Jane Avril, que foi muito retratada pelo artista e bohêmio Toulouse-Lautrec.

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